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Fim de um ciclo..E quando as coisas não acontecem como imaginamos?

  • Foto do escritor: fabianam72
    fabianam72
  • 30 de dez. de 2024
  • 5 min de leitura

Acho que essa é uma pergunta interessante de se fazer neste período de final de ano...

É bem clichê fazer retrospectivas, reflexões um dia antes do ano acabar. Mas a nossa vida é feita de ciclos, então nada mais justo do que refletir quando um ciclo se encerra. No meu caso, um grande ciclo se encerrou em 17 de julho desse ano, o anjo Luca foi para o céu e parece surpreendente, mas quando eu vou dormir eu penso nele e quando eu acordo eu ainda acho inacreditável que ele não está mais aqui conosco. É como ficar procurando alguém e não conseguir encontrar, existe um vazio que não vai se preencher e eu sei disso. Então, como seguir em frente quando o que mais almejamos escorrega das nossas mãos e ficamos perdidos, sem saber o que fazer?


Sim, eu ainda estou no caminho, no processo do luto, e me parece que ele sempre vai estar em mim, até porque muito do Luca vive em mim. Ele me deu essa alegria, ele sorria mesmo com um aparelho para respirar, ele tentava mesmo sendo muitoooo desafiador para ele, ele seguia mesmo com tantos obstáculos, ele acordava e sorria! E eu prometi para ele que eu iria honrar a vida dele, as conquistas, tudo o que ele me ensinou, tudo o que vivemos, lutamos, sorrimos, dançamos, cantamos, comemos e sentimos juntos nesta vida dele aqui na Terra.


Eu simplesmente não posso jogar tudo isso para o alto e me entregar para a tristeza, não seria justo com uma pessoa que lutou tanto para viver. E eu que tenho recursos, saúde, amigos, família e Deus comigo, deixar o resto da minha vida ser tomado por apenas pensamentos negativos, tristes, essa não sou eu e essa definitivamente não é a mãe do Luca.


E eu sei que é comum a psique ficar tentando nos julgar, sobre cada atitude que temos, ai vem a culpa. Nossa, mas você acabou de perder um filho e vai passear, viajar, fazer pão, fazer arranjos de flores, trabalhar tanto assim? Pois é, com muita terapia, eu entendi que sim, eu sinto culpa de não estar chorando, usando preto todos os dias e conseguindo seguir a minha vida, mesmo com o que eu mais temia na minha vida, ter acontecido. E agora?


A vida é feita de ciclos, esse é um que se encerrou, mas que carregarei comigo para sempre. Jamais vou esquecer, jamais vou voltar a ser a Fabiana de antes do Luca, assim como sou um pouco de todas as outras pessoas que já se foram na minha vida, e uma forma de mantê-las vivas em mim e dando continuidade é honrando-as. É amando a vida, essa vida que é só minha, ninguém pode viver isso por mim, ninguém pode habitar o meu corpo além de Deus no meu coração, e então a responsabilidade é só minha de seguir em frente. Vivendo o luto da maneira que eu conseguir e achar mais adequada.


Alguns dias são muito difíceis, outro menos, outros ótimos, mas mais uma vez o Luca me fez entender que é assim, e PRECISAMOS aproveitar quando temos saúde e dias de sol para depois ter forças quando surgirem outros dias mais difíceis. Portanto, abro meu coração para viver o tempo que eu tenho aqui, meditando, amando, trabalhando, escrevendo, orando, acreditando e aceitando o mistério que é estar vivo neste planeta Terra!

Foto de quando estava grávida do Luca!
Foto de quando estava grávida do Luca!

In italiano:

Penso che questa sia una domanda interessante da porsi in questo periodo di fine anno...


È piuttosto cliché fare bilanci e riflessioni un giorno prima che l’anno finisca. Ma la nostra vita è fatta di cicli, quindi è del tutto naturale riflettere quando un ciclo si chiude. Nel mio caso, un grande ciclo si è chiuso il 17 luglio di quest’anno, quando l’angelo Luca è volato in cielo. È sorprendente, ma quando vado a dormire penso ancora a lui e, quando mi sveglio, trovo incredibile che non sia più qui con noi. È come cercare qualcuno senza mai riuscire a trovarlo: c’è un vuoto che non si colmerà mai, e lo so bene.

Allora, come andare avanti quando ciò che più desideriamo ci sfugge dalle mani e ci lascia smarriti, senza sapere cosa fare?


Sì, sto ancora percorrendo questa strada, sto ancora attraversando il processo del lutto. E mi sembra che il lutto sarà sempre parte di me, perché molto di Luca vive in me. Mi ha regalato tanta gioia, sorrideva anche con un respiratore, ci provava nonostante fosse estremamente difficile per lui, andava avanti nonostante tutti gli ostacoli, si svegliava e sorrideva! E gli ho promesso che avrei onorato la sua vita, le sue conquiste, tutto ciò che mi ha insegnato, tutto ciò che abbiamo vissuto, lottato, riso, danzato, cantato, mangiato e sentito insieme in questa vita sulla Terra.


Non posso semplicemente buttare tutto questo all’aria e lasciarmi sopraffare dalla tristezza, non sarebbe giusto nei confronti di qualcuno che ha lottato così tanto per vivere. E io, che ho risorse, salute, amici, famiglia e Dio al mio fianco, non posso lasciare che il resto della mia vita sia dominato solo da pensieri negativi e tristi. Questa non sono io, e sicuramente non è la mamma di Luca.


So che è comune che la psiche cerchi di giudicarci per ogni nostra azione, e con questo arriva il senso di colpa. Ma come? Hai appena perso un figlio e vai a fare una passeggiata, a viaggiare, a fare il pane, composizioni floreali o a lavorare così tanto? Ebbene, con tanta terapia ho capito che sì, provo senso di colpa per non piangere ogni giorno, per non vestire di nero ogni giorno, e per riuscire ad andare avanti con la mia vita, anche se è accaduto ciò che più temevo al mondo. E ora?


La vita è fatta di cicli: questo si è concluso, ma lo porterò con me per sempre. Non dimenticherò mai, non tornerò mai a essere la Fabiana di prima di Luca. Sono anche un po’ di tutte le persone che sono già passate nella mia vita, e un modo per tenerle vive in me e andare avanti è onorarle. È amare la vita, questa vita che è solo mia, che nessun altro può vivere al posto mio, che nessuno può abitare al di fuori di Dio nel mio cuore. Quindi, la responsabilità di andare avanti è solo mia. Vivo il lutto nel modo in cui riesco e ritengo più appropriato.



Ci sono giorni molto difficili, altri meno, altri ancora meravigliosi. Ma, ancora una volta, Luca mi ha fatto capire che la vita è così. E DOBBIAMO goderci i momenti in cui abbiamo salute e giornate di sole, per trovare poi la forza di affrontare i giorni più difficili. Pertanto, apro il mio cuore per vivere il tempo che ho qui, meditando, amando, lavorando, scrivendo, pregando, credendo e accettando il mistero di essere vivi su questo pianeta Terra!

 
 
 

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Olá, que bom ver você por aqui! Sou mãe do Luca. Criei esse blog para compartilhar experiência como mãe atipica, refletir sobre os desafios que surgem na vida e como tentar lidar com todos eles da melhor maneira possível! 

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